segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Mais um conto

Ola, fiéis leitores!

Havia combinado com os colaboradores que contribuiria com mais um conto de terror na noite de ontem.

Eu terminei a história, mas ela não me agradou. Tem muita coisa para ser melhorada e, por isso mesmo, resolvi deixar para postá-la (ou não) outro dia.

Para não passar em branco vou postar aqui um miniconto que fiz há três ou quatro anos atrás. É bem pequeno, amigo leitor, então se você não teve paciência para ler o último, talvez consiga arrastar os olhos por este.

Antecipadamente, peço desculpas pelas minhas ultimas postagens, nada além de histórias sobre zumbis e vida além túmulo. Creio que essa próxima não é menos fantasiosa ou irreal. Assim que estiver com um pouco mais de disposição, pretendo trabalhar temas que foram assuntos das semanas passadas, mas hoje ninguém mais liga. Em especial queria falar um pouco sobre bullying (desde que começamos o blog, na verdade), mas isso ficará para outra ocasião.

Abaixo, o mini, Linha irregular.

Linha irregular.

Fiz sinal para o ônibus.

Dentre os caminhos que tomaria, estava escrito em letras minúsculas ”central”, pouco acima de “Presidente Vargas”.

Nunca tinha visto aquela linha, mas estava realmente cansado de esperar. O trabalho foi mais exaustivo do que o normal, e uma noite de sono faria bem.

O motorista era um tipo estranho. Careca, branco e com olheiras maiores do que as minhas. Perguntei se o ônibus passava na central, comentando que nunca havia visto aquela linha. Ele abanou a cabeça.

-É uma linha especial. Ela cruza por esse lugar com raridade.

Paguei os 2,20 com moedas que tinha no bolso. Não havia cobrador.

Pouca gente no veículo. Era estranho naquele horário um ônibus passar vazio. Agradeci pela sorte e me recostei em um banco.

Não demorei a dormir. Acordei algumas vezes, lutando contra a confortável vibração do transporte. No fim, caí em sono profundo.

-Ponto final, garoto. –Gritou o motorista, me fazendo acordar.

Desci do veículo irritado por ter perdido o ponto. Mal sabia quão distante de casa estava. O ônibus arrancou para mais alguma volta.

O terreno rochoso me chamou a atenção. Não vi casas, pessoas ou outros veículos. Apenas pedras e mais pedras. Sem estradas. Sem postes. Sem nada.

Ouvi um zumbido estranho do alto. Ignorei a princípio, acreditando ser um avião. Teria um aeroporto naquele local? Por fim, olhei para cima. Não, não era um avião, embora tivesse o tamanho de um.

Minha reação foi a de cair no chão enquanto admirava o enorme pássaro em chamas atravessar o céu sem lua ou estrelas. Fiquei sentado, apertando as mãos.

Quando passaria outro ônibus?

FIM