Sejam bem-vindos leitores(as). Vamos ver se nesse novo ano conseguiremos
manter o blog mais atualizado. Tentarei assumir um compromisso de fazer uma
espécie de resenha totalmente parcial dos livros que for lendo durante o ano. Parece
que opinião alheia atrai interesse das pessoas.
O primeiro livro será “O Anticristo” de Nietzsche.
Vamos lá.
Ler “O Anticristo” me deu a mesma sensação de quando leio
comentários preconceituosos contra nordestinos ou pobres. Daqueles em que
patricinhas destilam nas redes sociais da vida enquanto que a “nordestina pobre”
faz sua comida. Um sentimento que é um misto de revolta, incredulidade,
vergonha alheia e pena.
Fiquei com uma impressão muito ruim do autor, no entanto, por
ser meu primeiro livro de Nietzsche pretendo futuramente dar novas
oportunidades para sua obra e analisarei aqui apenas este livro.
Em “O Anticristo” Nietzsche incorporou o coxinha padrão, que
toma sua opinião como a verdade máxima e expressa seu ódio contra todos que não
concordam com ele. Talvez ao escrevê-lo já tivesse perdido suas faculdades
mentais, entregue em sua loucura devido a sífilis. Sendo assim, talvez eu não
devesse dar mais crédito a esse livro que aos gritos desvairados de um lunático,
destes que encontramos nas ruas do centro da cidade.
Neste livro encontramos verdadeiras pérolas como quando ele
afirma que a desigualdade dos direitos é uma condição necessária para o
surgimento de “tipos mais elevados e supremos”, esquecendo-se que não somos
mais primatas nas savanas africanas regidos pela lei da sobrevivência do mais
apto, mas que vivemos em uma sociedade, cujo maior objetivo deveria ser proteger
todos os seus indivíduos. Ele sustenta sua teoria na ideia de que “uma
sociedade elevada é como uma pirâmide”, necessita de uma base larga onde é
indispensável uma “mediocridade consolidada”.
Em outro ponto ele afirma que a injustiça não está na
desigualdade dos direitos, mas na reivindicação de direitos iguais(!). Parece esquecer-se
que igualdade de direitos é imprescindível para a igualdade de oportunidades para
todos.
Voltando-se para o principal alvo de seu livro Nietzsche é
taxativo ao afirmar que “Todo trabalho do mundo antigo foi em vão”. Tomando
como exemplo gregos e romanos tenta provar que o cristão foi o grande
responsável pelo atraso na evolução do homem. Com um pensamento eurocêntrico
ignora completamente as antigas culturas orientais e americanas que não foram
influenciadas pelo cristianismo no primeiro século.
O bigode tinha umas ideias equivocadas pros nossos preceitos democraticos, talvez produto da epoca ou falha de carater, mas e um dos filosofos mais influentes do ocidente. Podemos encontrar varias ideias interessantes dentro do seu pensamento, vale uma segunda chance!
ResponderExcluiralguma sugestão Alex?
Excluir"Os tambores rufaram pesados Nos Abismos e os seres decaídos olharam com pavor e esperança para o alto. Estava de volta. O madruganalapa vivia de novo."
ResponderExcluirBom texto, irmão. Eu acho que o Nietzche não chegou exatamente a escrever esse livro. É mais uma compilação de uns textos do cara que ele nunca tinha publicado.
O que eu acho interessante é que o Nietzche ataca a Igreja de uma perspectiva diferente: enquanto a maior parte das pessoas se concentrava nas atrocidades cometidas na Idade Média, o camarada atacou justamente a moral filosófica dela, que enaltece o ser humano fraco (segundo ele).
A crítica ficou muito boa. Tu devia jogar essa parada no skoob e ver o que os filósofos dizem rsrsrs
realmente ele foca em um perspectiva diferente da usual quando se trata em criticar a igreja, mas usou argumentos tão surreais que se torna impossível levá-lo a sério.
Excluir"O que é mais nocivo que um vício qualquer? A compaixão. Um ato para todos os fracassados e fracos."