segunda-feira, 11 de julho de 2011

Boca no Trombone

Sempre achei a internet uma ferramenta fascinante, ela te dá liberdade para falar as bobagens que der na telha, e ainda sob um semi-anonimato. Não é necessário ter nenhum conhecimento ou embasamento sobre o tema que se quer abordar. Incrível! Simplesmente incrível! Hoje venho fazer uso desse megafone virtual para esbravejar, de forma totalmente leviana, minha opinião sobre mais um tema extremamente polêmico e de grande relevância para o desenvolvimento de nossa Republica Federativa.

Recentemente recebemos a noticia de que o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro instituiu o ENEM como único método de seleção de alunos, abolindo seu tradicional vestibular. Essa noticia desagradou a maioria dos vestibulandos com quem tenho contato, e virou até mesmo motivo de provocação entre amigos. Cheguei a ouvir um aluno da UERJ brincando com um colega da federal dizendo que esta perdeu toda sua credibilidade, e mais, o futuro bacharel ainda profetizou que tal medida tomada pela UFRJ não resultará em outra coisa senão na degradação da qualidade de seu ensino, comparando-a a uma escola municipal.

Qual será o motivo de tamanha indignação de nossos candidatos a universitários? A reclamação mais comum parece ser a concorrência. Por ser um exame nacional, qualquer estudante do país que preste o ENEM pode concorrer a uma vaga na UFRJ. Mas o que isso realmente significa? Sob meu ponto de vista há apenas uma interpretação, os estudantes mais esforçados do Brasil virão para cá. Como isso pode ser considerado ruim? Meus amigos, entendam de uma vez, faculdade não é fábrica de diploma, sua verdadeira vocação é a produção de pesquisas, alem do mais a concorrência é sempre benéfica. Esforçamos-nos mais quando somos pressionados, isso é natural do ser humano.

No entanto, algo me leva a crer que nossos jovens estão sendo influenciados em suas opiniões. O atual modelo de vestibular que estimula a decoreba e a entoação de musiquinhas no lugar de um verdadeiro aprendizado beneficia principalmente aos cursinhos preparatórios cujo único objetivo é o lucro. Não se enganem amigos, se você ganhou algum beneficio para “estudar” em algum curso pode estar certo que de alguma forma os donos estão lucrando.

O tema com certeza levanta muitas questões e opiniões divergentes, mas devo encerrar por aqui minhas conjecturas. Antes de terminar, porem, quero declarar que o Rio de Janeiro esta sendo pioneiro em uma mudança no método de seleção para faculdade, e não cobaia como alguns acreditam.

ps: as férias chegaram crianças, farei uma sugestão aos milhares de leitores deste blog: abaixo listei cinco títulos de livros curtos (média de 120 paginas), mas extremamente bons. Escolham ao menos um para ler, garanto que não se arrependerão. Bom divertimento.

A Revolução dos Bichos (George Orwell)

A Metamorfose (Franz Kafka)

O Velho e o Mar (Ernest Hemingway)

Vinte Mil Léguas Submarinas (Julio Verne)

Vidas Secas (Graciliano Ramos)

2 comentários:

  1. Po cara a cada dia acho os cariocas mais mente fechada e preconceituosos, no Rio está muito dificil fazer essa playboysada entender que mundo não funciona conforme o papai deles e a MTV disseram.

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  2. as pessoas tem dificuldade em sair de sua zona de conforto, e costumam se fechar dentro dos grupos aos quais pertencem. playboy anda com playboy, favelado com favelado, etc... assim fica dificil abrir a mente, falta um espaço de convivencia em comum.

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